Redação
3 anos atrás
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Renda fixa com rentabilidade negativa? Descubra agora como acontece na prática e como prevenir a perda de dinheiro em seus investimentos.
Em 2020, um momento histórico marcou o mundo dos investimentos: a taxa Selic registrou a mínima de 2% ao ano, valor nunca visto antes. O resultado foi uma baixa geral no rendimento dos investimentos de renda fixa.
Se antes essa era a opção de muitas pessoas que procuravam por segurança e estabilidade, hoje a modalidade tem gerado muitas dúvidas e discussões. Afinal, o que fazer ao se deparar com uma renda fixa com rentabilidade negativa?
Para descobrir como funciona a rentabilidade negativa em aplicações fixas e algumas dicas para lidar com esse problema, continue a sua leitura. Chegou a hora de entender de vez esse assunto!
A rentabilidade negativa na renda fixa se tornou uma preocupação para os investidores desde o ano passado, quando a Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira, chegou em seu menor índice.
Mas, apesar de perceber os rendimentos cada vez menores no extrato bancário, muitas pessoas ainda não entenderam como e porquê isso acontece.
Afinal, o que significa a renda fixa com rentabilidade negativa?
Na prática, isso quer dizer que a taxa de juros do investimento é menor que zero. Ou seja, após pagar as taxas necessárias, como a Taxa de Custódia, para investimentos acima de R$ 10 mil, e o Imposto de Renda, assim como descontando a inflação, o investidor irá se deparar com um rendimento negativo.
Assim, ao fazer um investimento em renda fixa com rentabilidade negativa, o investidor estaria perdendo dinheiro. Isto é, a cada dia a mais de investimento, menos valor o dinheiro teria.
Mas, você pode estar se perguntando, como é possível a renda fixa apresentar rentabilidade negativa?
Para ilustrar melhor a situação, vamos a um exemplo prático.
Imagine que você aplicou R$ 3 mil no Tesouro Direto, no título Selic, no momento em que a taxa chegou à margem de 2% ao ano.
Essa taxa é o juro nominal, ou seja, o valor informado no momento de compra da aplicação e que informa o teto de rendimento do investimento.
Isso significa, então, que o seu investimento, após um ano de rendimento, viraria R$ 3.060.
E como estamos falando em renda fixa, ao investir neste título, você já teria em mente quanto receberia de juros. O que você não contava, no entanto, era com a alta da inflação.
Em nosso exemplo, vamos supor que a inflação durante o tempo de investimento tenha registrado a taxa de 4%.
Então, uma compra que antigamente você faria com os R$ 3 mil que foram investidos, hoje estaria custando R$ 3.120 reais.
Assim, mesmo após o período de investimento, você sairia perdendo. Afinal, por mais que o valor tenha rendido 2%, chegando a R$ 3.060, ainda faltariam R$ 60 reais para que você realizasse a mesma compra que faria anteriormente.
Nesse caso, em nosso exemplo, o retorno final do seu investimento seria de -2%, pois mesmo com a taxa nominal de 2%, a inflação estava a 4%.
Sendo assim, seu investimento em renda fixa apresentaria uma rentabilidade negativa.
A renda fixa com rentabilidade negativa levantou novas discussões no cenário de investimentos. Afinal, seria esse o momento de ousar um pouco mais nas aplicações para fugir dos juros negativos?
A resposta para essa questão pode até ser positiva, mas o primeiro passo para isso é conhecer o seu perfil como investidor. Afinal, de nada adianta evitar a renda fixa com rentabilidade negativa se você fizer novas aplicações sem conhecimento ou confiança.
No final, você correria risco de perder dinheiro de qualquer forma.
Portanto, se a sua ideia é comprar aplicações mais favoráveis, conheça o seu perfil de risco e entenda quais são as suas condições.
Quais seus limites de risco em investimentos? Quanto você pretende aplicar? E em relação à liquidez, qual o seu objetivo? É preciso que você levante todos os pontos relevantes para, então, encontrar os produtos que mais fazem sentido para a sua realidade.
Um dos maiores erros cometidos ao começar a investir é apostar em apenas um tipo de aplicação, colocando toda sua expectativa em uma única solução.
Por isso, construir um portfólio de investimentos é tão importante para quem está com receio da renda fixa com rentabilidade negativa.
Esse portfólio refere-se ao conjunto de aplicações que um investidor faz, dos ativos financeiros em que investe. Diversificar essas ações é o segredo para conseguir atingir as metas financeiras mais rapidamente, e se prevenir de situações como o rendimento negativo na renda fixa.
A reserva de emergência é um valor guardado para imprevistos e para que a pessoa consiga se manter mesmo enfrentando situações complexas, como está sendo o caso da pandemia do Covid-19.
Isso significa que, na prática, por mais que seja interessante observar o dinheiro guardado aumentar, esse não é o seu objetivo.
Isto é, ao fazer uma reserva de emergência, o importante não é ganhar dinheiro, mas conseguir ter um valor disponível para ser usado em uma situação de necessidade.
Justamente por isso, o ponto mais importante ao escolher uma forma de aplicação para a reserva de emergência é a liquidez.
É fundamental que o investidor possa solicitar o resgate do valor em momentos urgentes, sem maiores complicações, afinal, essa é a grande finalidade de uma reserva emergencial.
Assim, por mais que os investimentos fixos não estejam gerando os resultados esperados, ou a renda fixa apresente rentabilidade negativa, a perda do dinheiro pode ser um valor a se pagar para ter a liquidez necessária para momentos de dificuldade.
Não se pode esquecer que a segurança e a baixa volatilidade são outros pontos importantes para uma reserva de emergência, e para isso uma renda fixa sempre será o mais indicado.
Então, para fins de reserva de emergência, as aplicações mais indicadas são: Tesouro Selic, CDBs de liquidez diária e fundos de renda fixa DI. Basta acompanhar cada um deles e ficar atento ao menor indício de renda fixa com rentabilidade negativa.
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