Redação
4 anos atrás
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Nem sempre é preciso abrir mão da rentabilidade para ter mais segurança. O investimento de médio risco pode ser a melhor alternativa para quem quer equilibrar riscos e ganhos.
O risco nos investimentos é um dos aspectos mais relevantes para aqueles que desejam adentrar o mercado, pois é o quão aberto ao risco o investidor é que irá definir, inclusive, os melhores produtos para compor seu portfólio.
Ao aplicar em um produto de investimento, seja qual for, você sempre corre algum tipo de risco. Afinal, esse risco nada mais é do que a incerteza da remuneração da sua aplicação.
Por isso, alguns produtos que apresentam uma previsão de ganhos, podem ser considerados menos arriscados.
Esse é o caso das aplicações buscadas por investidores de perfil conservador, que não suportam a ideia da perda e preferem um produto de menor rendimento, mas que tem seu valor garantido.
Mas além da previsibilidade, outros fatores também são relevantes quando falamos em riscos: a rentabilidade e a liquidez.
Isso porque, naturalmente, quanto maior o potencial de remuneração que um investimento tiver, maior será o grau de risco associado a ele.
Nesse caso, estão os investimentos de alto risco, indicados para investidores arrojados que preferem ousar na aplicação em busca de um alto retorno, mesmo que para isso seja necessário colocar o patrimônio em jogo.
Mas, digamos que você não se encaixe em nenhum dos dois perfis acima: você deseja produtos de boa rentabilidade, para potencializar os investimentos, mas não quer colocar tudo em risco, mantendo certa segurança.
Se você busca por esse equilíbrio, então podemos dizer que o seu perfil é moderado, e também existem diversos investimentos de médio risco para você entrar no mercado de acordo com seus critérios. Quer saber quais são nossas indicações? Então continue a leitura!
Antes de falarmos sobre produtos de investimento de médio risco, vamos entender o que é, de fato, a aplicação moderada.
Como vimos acima, a rentabilidade, a liquidez e o risco são os aspectos que definem o tipo de investimento, em relação aos perfis conservadores, moderados e arrojados.
Esse “tripé” dos investimentos é o que irá categorizar um produto como de baixo, médio ou alto risco.
Na prática, esses fatores funcionam da seguinte forma: a liquidez é o quão rápido é possível resgatar o valor aplicado, a rentabilidade é a capacidade de retorno financeiro e o risco representa a segurança da aplicação. Ou seja, a porcentagem de risco que você irá correr para ter a rentabilidade desejada.
Para exemplificar, podemos pensar no mercado acionário e na caderneta de poupança, por exemplo.
Enquanto investir em ações apresenta uma maior possibilidade de ganhos, mas é mais arriscado, a poupança é muito segura, possui alta liquidez, mas oferece uma das mais baixas rentabilidades do mercado.
Assim, chegamos então ao que é conhecido como investimento de médio risco, em que todos esses aspectos são pensados para apresentar um equilíbrio.
Dessa forma, o investidor que aplica em produtos moderados não tem apreço por aplicações extremamente perigosas, mas procura balancear a carteira com investimentos seguros de retorno menor, e mais agressivos, com alta rentabilidade.
Para começarmos a apresentar bons investimentos de médio risco, é importante que você saiba que todo produto de aplicação pode fazer parte de carteiras conservadoras, moderadas e agressivas.
Afinal, não é porque a pessoa possui 5% dos seus investimentos em ações, que ela faz parte do perfil arrojado.
Na realidade, o que classifica uma carteira dentro desses níveis é a porcentagem de ativos de baixo ou alto risco que o investidor mantém. Ou seja, um portfólio composto por 80% de renda fixa é conservador, mesmo que os outros 20% estejam aplicados em renda variável.
Dessa forma, é o quanto você investe em cada tipo de produto que irá definir a classificação da sua carteira. A seguir, veja algumas opções de diversificação para quem é mais adepto do investimento de médio risco.
Os produtos do Tesouro Direto, plataforma do Tesouro Nacional para comercialização de títulos públicos federais, é um dos produtos de maior destaque de carteiras de renda fixa.
No entanto, para quem está em busca de um investimento de médio risco, o Tesouro IPCA + pode ser um produto muito interessante.
Com parte da remuneração prefixada, e parte atrelada à variação do IPCA do período, o título híbrido permite que o investidor saiba previamente a possibilidade da remuneração, mas não em totalidade, devido a sua parte variável.
Nesse caso, o investimento de médio risco acontece porque não é possível saber o índice IPCA antes da data de retorno, mas a segurança não é um problema.
No entanto, o investidor pode ter a tranquilidade de que o seu dinheiro irá render de fato, garantindo que o investimento não perderá o poder de compra do investimento.
Além disso, há também o risco de liquidez desse investimento: ele só deve ser resgatado na data acordada, caso seja feita a solicitação antes do prazo, pode-se perder toda a rentabilidade.
Para quem já investe, os Certificados de Depósito Bancário são velhos conhecidos por serem um dos produtos mais recomendados.
Quando falamos em investimento de médio risco, eles não podem ficar de fora: os CDBs são títulos emitidos por bancos para levantar recursos e financiar suas atividades.
Por parte, o investimento pode ser considerado muito seguro, pois há a garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
No entanto, parte da segurança da aplicação também está relacionada à instituição em que o investimento é realizado: enquanto os grandes bancos oferecem uma porcentagem de juros mediana, bancos menores oferecem taxas mais altas, mas são mais vulneráveis à quebra.
Ainda assim, para investimento de médio risco, o CDB é extremamente interessante, pois, caso seu investimento tenha sido de até R$ 250 mil por instituição, o FGC faz a garantia do valor.
Diferente do CDB, as debêntures são produtos mais arriscados, pois não contam com a cobertura do FGC. Ainda assim, eles funcionam de forma muito similar: são emitidos títulos por empresas que precisam de valores para financiar suas atividades.
Por ser um tipo de investimento de maior risco, a rentabilidade apresentada também costuma ser mais alta. No entanto, é a falta de proteção que faz com que as debêntures não apareçam nas carteiras conservadoras.
Por fim, temos as ações, os produtos mais temidos dos investidores conservadores. Para quem procura um investimento de médio risco, a indicação é equilibrar as aplicações: em uma porcentagem menor, você pode ousar nos recebíveis sem colocar todo o seu patrimônio em risco.
As ações são investimentos realizados em frações de empresas, negociadas na Bolsa de Valores. Na prática, ao adquirir uma ação, o investidor se torna uma espécie de sócio, e recebe alguns valores, como os dividendos, em alguns casos.
O que torna as ações uma aplicação mais arriscada é que, se a empresa sofre uma desvalorização, todo o dinheiro investido pode ser perdido também. Mas, se acontece uma valorização, automaticamente o investidor também sai ganhando. A volatilidade tão característica do mercado acionário.
Para quem quer manter uma carteira moderada, as ações podem ser uma opção interessante, se bem equilibrada com outros tipos de investimentos, para aumentar as chances de ganho.
E, aí? O que achou do investimento de médio risco? Você se identifica com um investidor de perfil moderado? Se sim, aproveite nossos outros conteúdos para entender ainda mais sobre o mercado de investimentos e aprender a potencializar seus ganhos. Confira: